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Estudo de impactes sócio-económicos da GIRA na National Geographic

As bicicletas em Lisboa tornaram-se parte da paisagem. Este primeiro estudo documenta o impacte do projecto de bicicletas partilhadas na cidade.

COMEÇARAM POR SER EXÓTICAS, mas entranharam-se na cidade de Lisboa. As bicicletas da rede GIRA são uma aposta da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL) para reduzir o recurso a transportes privados e as emissões de gases com efeito de estufa, aproveitando o uso crescente de bicicletas na cidade. A EMEL encomendou um estudo aprofundado das externalidades do projecto. De acordo com a investigação de Filipe Moura e Rosa Félix, do Centro de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade do Instituto Superior Técnico, entre tempo e dinheiro poupado, as vantagens superam claramente as desvantagens. A maioria dos utilizadores prefere bicicletas eléctricas a convencionais sempre que estas estão disponíveis. Quase um terço abdica de levar o carro para a cidade quando pode recorrer às GIRA e, em média, as bicicletas da rede são utilizadas por cerca de 11 minutos. Utilizando a rede convencional de transportes (automóvel, comboio, autocarro, metropolitano ou moto), o mesmo universo de pessoas gastaria mais 215 mil horas nos percursos pendulares para o trabalho, com um custo de cerca de dois milhões de euros. Com mais de 1,65 milhões de viagens realizadas na rede, pouparam-se 61 mil horas de viagem e evitou-se a emissão de 102 toneladas de C02eq.

Infografia

Publicado na National Geographic – versão portuguesa,  Janeiro 2020

Este foi um projeto desenvolvido por Filipe Moura e Rosa Félix para a EMEL.

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